Dialogar sobre a equidade de gênero num espaço seguro, promover a criação de redes de apoio entre mulheres e trazer referências de obras e escritoras mulheres para enriquecer o debate. São esses os principais objetivos do Conexões em Série-Lidera, projeto que faz parte do nosso programa de desenvolvimento para mulheres na Porto, sobre o qual já falamos aqui.
Para saber mais sobre essa iniciativa, uma construção da comunidade de Equidade de Gênero do JUNTOS, nosso programa de Diversidade e Inclusão, o Nosso Porto conversou com Maria Luiza Ruiz, colaboradora da área de Sustentabilidade, e integrante do grupo.
Primeiros passos
O encontro piloto do Conexões em Série, realizado virtualmente, aconteceu em 18 de maio. Para aguçar asensibilidade das participantes, foi apresentado o poema “Assim me levanto”, de Maya Angelou. “A ideia é promover um espaço de trocas por meio de obras de outras mulheres, ampliando nossas referências e nos desenvolvendo juntas”, ressalta Maria Luiza.
“Iniciamos contando, de forma breve, quem foi a mulher por trás daquela obra. Os conteúdos também foram divulgados previamente, para que todas pudessem ter contato com o material. Já o tema do primeiro encontro oficial foi sororidade, com alguns capítulos da obra da Ruth Manus”, relembra Maria Luiza. “Realizamos encontros simultâneos sobre o mesmo tema, para contemplar as mais de 500 mulheres que se interessaram em participar”, completa.
Os encontros do Conexões em Série foram mediados pelas participantes da comunidade de Equidade de Gênero, com o apoio da área de Diversidade e Inclusão. “Foi uma construção coletiva e voluntária. Nos organizamos coletivamente para a preparação, mediação e para que a experiência fosse acolhedora e segura para todas”, empolga-se Maria Luiza. “Uma de nossas influências foi o movimento ‘Elas Inspiram’, que resgata a importância de reconhecer as referências de mulheres que estão ao nosso lado”.
Temas que tocam o <3
Os demais encontros do Conexões em Série aconteceram entre junho e julho. Três grupos simultâneos se reuniram para discutir temas muito presentes na vida e no imaginário das mulheres, como: estereótipos e padrões de beleza, carga mental, formação de rede de apoio, entre outros.
O último encontro girou em torno do filme “Estrelas além do tempo”, que conta a história de uma equipe de cientistas da NASA (agência do governo dos Estados Unidos responsável por pesquisas e programas de exploração espacial) formada por mulheres negras. Para quem quiser conferir, o filme está disponível na Netflix.
“Procuramos organizar as sessões próximas ao horário do almoço, para ampliar as possibilidades de participação”, reforça Maria Luiza.