Por um brincar mais diverso e inclusivo

Como trazer a diversidade para o dia a dia das crianças.

Hoje, sabemos que os primeiros anos de vida de uma criança são determinantes para a formação de sua personalidade. Assim, é certo dizer que o alicerce para um mundo mais aberto, diverso e inclusivo também começa ali, entre as brincadeiras e descobertas do berço e da primeira infância.

Pois é, fica cada dia mais claro que a educação das novas gerações tem papel fundamental nessa construção. Se atualmente já não toleramos piadas e brincadeiras pautadas pelo machismo, racismo, homofobia ou capacitismo, muito “comuns” há alguns anos, isso se deve a um trabalho incansável de pessoas que se dispuseram a problematizar essas questões e, aos poucos, ir transformando mentalidades.

Inserir a reflexão sobre a diversidade e a inclusão na rotina dos pequenos – do jeitinho leve e lúdico que eles adoram – é, sim, possível. Há várias opções de brincadeiras, livros, materiais e filmes que podem ajudar a desenvolver desde cedo um olhar empático para o diferente.

Sem essa de meninos vs. meninas

A separação rígida entre gêneros e a ideia de que homens e mulheres têm habilidades próprias começa cedo. Meninas ganham bonecas e brincam de casinha. Meninos têm carrinhos e jogam futebol. Nas lojas de brinquedos, há os corredores azuis e os cor de rosa, separando fisicamente as brincadeiras “apropriadas” para meninos e meninas. 

Uma forma de desconstruir esses estereótipos de gênero extremamente limitadores é mostrar todo o tipo de brinquedo para meninos e meninas e frisar que não existe essa de “brincadeira de menino” e “brincadeira de menina”. Todos podem brincar do que quiserem!

Quero brinquedos com a minha cara

A sociedade é formada por pessoas diferentes em todos os sentidos. Mas, muitas vezes, os brinquedos, livros e filmes que oferecemos às crianças não espelham essa diversidade. Basta perceber que a esmagadora maioria dos livros infantis e desenhos animados é protagonizada por meninos brancos, aptos a realizar qualquer tarefa, enquanto meninas, crianças de outras etnias ou com deficiências são, no máximo, coadjuvantes. 

Oferecer entretenimento que não reforce esse tipo de padrão, além de fortalecer a autoestima de crianças que se sentirão representadas, é uma maneira de mostrar aos mais novos que o mundo é formado por pessoas diferentes. 

Não existe giz “cor de pele”

Você já reparou que o que chamamos de cor de pele é a cor de pele branca? E o que isso quer dizer? Essa forma de representação coloca a cor de pele branca como padrão, do qual não fazem parte todos os outros tons. Deixar de normalizar esse tipo de coisa pode parecer pouco, mas não é. Mostrar às crianças que não há uma cor de pele, mas múltiplas, é um passo importante para desconstruir ideias racistas.

Empatia, brincadeiras e companhia

Brincar é a forma com que a criança interage com o mundo. E é por isso que acrescentar diversidade e inclusão nas brincadeiras, desenhos, filmes e livros infantis é uma ótima maneira de tratar do tema com ludicidade. 

É, ficou provado que respeito à diversidade surge no berço. E você, papai ou mamãe, já coloca essas dicas em prática?
Sim, desde cedo!
Não, vou começar
Sim, desde cedo!
Não, vou começar

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