Cortinas abertas para a estreia da Porto Seguro no ICO2

Participação no índice é mais um passo em direção à sustentabilidade

Nunca foi tão importante e urgente debater (e agir!) sobre as mudanças climáticas como agora. Criado em 2010 por uma parceria entre a Bolsa de Valores do Brasil (B3) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Nacional (BNDES), o Índice de Carbono Eficiente, ou ICO2, é um instrumento que tem como objetivo induzir essas discussões.

A adesão de companhias ao ICO2 demonstra seu compromisso em medir com transparência suas emissões de carbono. E a novidade é que a Porto Seguro agora é parte do ICO2! Mas o que exatamente isso significa? Danilo Gurdos, colaborador da área de Responsabilidade Social e Ambiental, conversou com o Nosso Porto e explicou tudo direitinho.

ICO quem?

Para começo de conversa, é importante esclarecer que para fazer parte do Índice de Carbono Eficiente as empresas precisam cumprir três requisitos. O primeiro deles é ter seu capital aberto, ou seja, ter suas ações negociadas na bolsa de valores. O segundo requisito é fazer parte do IBRX100, que agrupa as cem empresas de maior liquidez, aquelas cujas ações estão entre as mais negociadas na B3. E o terceiro é fazer periodicamente seu inventário das emissões de gases de efeito estufa.

Danilo explica que a Porto reporta periodicamente suas emissões ao GHG Protocol (saiba mais no box abaixo). Ou seja, está em dia com o levantamento de todas as operações que emitem esses gases.

“A partir desses três requisitos, a B3 fez o convite à área de Relações com Investidores da Porto para a entrada no índice. Para efetivar nossa entrada, a área de RSA reportou os dados das emissões de carbono levantados pelo inventário e também as informações sobre faturamento. Com esses dados, é possível calcular quanto a Companhia precisa emitir de carbono para cada real que fatura”, explica Danilo. 

Grupo seleto

Atualmente, entre as cem empresas que compõem o IBRX100, 58 companhias fazem parte do ICO2. Trata-se de mais um ativo que agrega valor à Porto junto aos investidores, que podem escolher investir no ETF (exchange-traded fund, ou fundo de índice) que renda de acordo com esse número.

“Como investidor,  posso escolher investir nesse índice. Ele mostra a transparência da gestão de emissões, pois relaciona a quantidade de emissões ao faturamento. É mais um ativo para a Porto ser escolhida pelos investidores”, coloca Danilo.

O convite para compor o ICO2 chegou na hora certa, pois o caminho já estava mapeado e pavimentado pela área de Responsabilidade Social e Ambiental
Danilo Gurdos

A sustentabilidade é um caminho a percorrer…

Por fazer o inventário há muitos anos, a Porto trabalha com algumas iniciativas de redução de emissões, como a geração de energia solar, o atendimento e a prestação de serviços com bicicletas ou transporte público. “Estamos no caminho para tornar as premissas de sustentabilidade mais estratégicas”, acredita Danilo. 

“As emissões de carbono são a principal questão da Porto. A área de Responsabilidade Social e Ambiental procura protagonizar projetos que tragam redução de emissões e pensem em alternativas de mobilidade. Ganhamos força com a entrada da Porto no ICO2”, finaliza. 

Auditoria chancela o inventário de emissões

Em 2021, a Porto submete pela primeira vez seu inventário de emissões de carbono a uma auditoria. “Conquistamos o selo prata e, dando tudo certo na auditoria deste ano, seremos selo ouro. As empresas sobem degraus na certificação à medida que entendem e gerem melhor suas emissões”, explica Danilo.

A certificação é conferida pelo GHG Protocol, uma entidade presente em vários países que, no Brasil, é representada pela Fundação Getúlio Vargas. A metodologia do GHG Protocol envolve emissões em três escopos. Para fazer o inventário, é preciso calcular o consumo de cada item e contabilizá-los.

No escopo 1 estão as emissões diretas, como geradores de energia movidos a óleo diesel, aparelhos de ar-condicionado, extintores de incêndio, frota própria de veículos etc. No escopo 2 entram todas as emissões pelo consumo de energia elétrica. No Brasil, a energia elétrica é gerada por usinas hidrelétricas e termelétricas. Esse último modelo utiliza a queima de carvão e emite carbono. Então, a Companhia é considerada co-responsável pela emissão gerada pela energia que consome.

O escopo 3 contabiliza as emissões indiretas. Na Porto, a maior concentração das emissões desse escopo está nos veículos dos prestadores de serviço, como os guinchos e demais modais utilizados para os atendimentos. Por ser um escopo infinito e difícil de ser levantado, seu relato é opcional. “Feito o inventário, ele passa pela análise da FGV. Estando tudo certo, o inventário é publicado no registro público de emissões, uma plataforma de transparência e gestão das emissões”, sintetiza Danilo.

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